Nasce uma gigante dos sorvetes
SÃO PAULO - A Nestlé, líder no setor alimentar, anunciou hoje a criação da Froneri, uma joint venture em parceria com a britânica R&R, voltada à produção e vendas de sorvetes e alimentos congelados. Como parte do acordo, a Nestlé e a PAI Partners (proprietária da R&R) terão participações iguais no novo negócio. A joint venture já nasce com vendas de aproximadamente 2,7 bilhões de francos suíços (US$ 1,03 bilhão), 15 mil funcionários e operação em 20 países.
As operações de sorvetes da Nestlé na Europa, Egito, Filipinas, Brasil e Argentina vão integrar a nova empresa. Também fará parte dela o negócio de comida congelada da multinacional, com exceção de pizza. A R&R entra em sua totalidade na joint venture. No Brasil, a formação da joint venture foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições. O negócio no país atinge apenas a operação de sorvetes da Nestlé, que será transferida para a joint venture.
A sede da Froneri será no Reino Unido e suas operações abrangerão, inicialmente, a Europa, Oriente Médio (exceto Israel), Argentina, Austrália, Brasil, Filipinas e África do Sul.
Luis Cantarell, vice-presidente executivo da Nestlé para a Europa, Oriente Médio e Norte da África, será o presidente do conselho de administração da Froneri. O conselho será composto por três executivos seniores da Nestlé e três executivos seniores nomeados pela empresa de capital privado PAI Partners. Ibrahim Najafi, que já presidia a R&R, será o presidente da Froneri.
A Nestlé é a segunda colocada no mercado brasileiro de sorvetes, com 6,7% de participação de mercado, de acordo com dados da Euromonitor International de 2015. A líder é a Unilever, dona das marcas Kibon, Cornetto, Fruttare, Chicabon, entre outras, com 23,2% de participação, de acordo com a consultoria.
No mundo, a Nestlé é também a segunda colocada, com 10,8% de participação, depois da Unilever com 22,8%. A R&R é a nona maior fabricante de sorvete no mundo, com 0,8% de participação global. No Brasil, a R&R ainda não tinha operação. (Valor Econômico, 27/04/2016)